terça-feira, 23 de abril de 2013

Então morre a poesia

E o que é o morrer
Se nao a vida, perdida
Sofrida ou pior corrida
Quando se esquece, se perde
Se deixa

O que é sofrer?
Deixar a felicidade
Ou de ser feliz?
Dá pra ser feliz?
Ou apenas pra fingir, sorriso, sorrindo, só

Coço a cabeça como se a ferida que se abriria
Arrancaria de um canto do cérebro
Uma pergunta que muitos já nem se fazem
Mas que de longe, em todos os prédios eu vejo
Onde está o amor?

Não vejo rimas ao dizer que isso tudo é sem graça
Amor, paz, felicidade,
"Dá pra comprar? "
Dá pra sentir
"quanto é?"

Entre ser e ver tudo que se vai em vão
Difícil é pensar
Tento acreditar que tudo voltará a ser bom
Escrevo esperando que alguém veja
Que no fim sou apenas um dos últimos "sem graça"
caramba, ninguém sabe

(Paulo Ribeiro)

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Mundo


O mundo segue a mesma linha que leva para um mesmo lugar, vários vendados sem saber onde estão, mas mesmo assim ainda vão sem destino , vejo pessoas se perdendo por não tentarem mais se achar, por acreditar que moda dita comportamento. E o que você faz pra mudar? Veste aquela mesma roupa que passa aquela mesma ideologia que você não acredita, ou simplesmente não curte mas fazer o que não foi você que criou! Não foi você que disse pra onde ir, apenas anda, mas criar um caminho seria se arriscar demais então você apenas segue alguém, o que alguém diz.
Você ouve aquela musica que você odeia porque "porra, todo mundo ouve". Vivemos em tempos onde a diferença é ruim, onde correr atrás do que você acredita é errado. Não digo que eu vou concordar com o que você vai pensar, dizer, fazer ou vestir, mas digo que se você fizer por você foda-se o que eu ou qualquer outra pessoa vai pensar, cada um faz o que der na telha, eu posso te julgar, qualquer outro pode te julgar, o que eu não posso é mudar sua opinião, ou melhor,você não pode deixar que eu mude.
Ouvi que nós somos o futuro da nação, faça mais por isso, não vamos ser a geração CTRL C- CTRL V, vamos ser felizes, nunca imaginei que isso fosse tão complicado. Se você não gosta de calça colorida não use, se você não gosta de funk não ouça, se você gosta de funk, ouça mas não precisa acordar a rua inteira pra isso. Faça seus tão sonhados dread's, ou corte todo seu cabelo, só não faça um moicano porque uma pessoa que nem sabe que você existe faz.
seja o futuro que você quer pra você, seja cada momento, decida como se fosse a coisa mais importante, julgue melhor as coisas, pense mais em tudo, não imite ninguém, você pode até querer se espelhar mas não seja duble de ninguém, os famosos tem um contrato pra seguir, você não.

Paulo Ribeiro

sexta-feira, 5 de abril de 2013

O Ar


Então novamente ele se via parado enquanto alguém que tanto lhe importava dizia tchau, talvez pela decima vez, (ele nunca contou, mas sentiu, todas) a cada passo que ela dava sentia mais e com mais força aquilo que lhe atingia o peito.
Certa vez ouvira dizer sobre um furacão que arrasou uma cidade inteira, acho que foi assim que se sentiu: um grande furacão passou, mas fez uma pausa pro café e não queria mais ir embora dali.
Enquanto ela saia para quem sabe mais seis meses, até que uma conversa normal e repetitiva acontecesse: “oi” “você sumiu, como está? o que tem feito da vida?” Apenas imaginava como poderia ser diferente (é estranho o quanto nossa mente cria diferentes histórias sobre um futuro improvável com a velocidade da luz, ou de um piscar de olhos, ou enquanto ainda se podia vê-la indo).
Ele possivelmente a amava, ele possivelmente nunca dirá isso, talvez, só talvez ela nunca soubesse (esse seria um daqueles momentos onde alguém diria “elas sempre sabem”). Acho que tudo porque ele a achava diferente, porque o destino os uniu umas cinco ou seis vezes de forma que até mesmo pra mim soaria como mentira, porque ela era linda pra ele, algo nela o encantava, ele nunca disse, ele tentou dizer (tentei fazer com que ele dissesse milhares de vezes). Acho que alguma coisa sempre se embaralhava com a parte entre o tchau, o esquecer e o tentar de novo.
Ele sempre quis que algo acontecesse, ele lutou por isso varias e varias vezes, enquanto tentava se convenceu que algumas coisas poderiam mudar. Acho que nunca desistiu, mas foi ferido em batalha e obrigado a voltar pra casa quase sem um braço, uma perna, mas quase sempre quase lhe faltava um coração, pensou em desenhar um, talvez comprar um de lata, ou talvez a ideia de viver sem ele fosse até menos dolorosa, no fim ele se reconstituiu, no fim o fim não chegou ainda, o fim é incerto, talvez ele nunca estivesse pronto para um grande ponto final, talvez sempre houvesse espaço para (...).
Acho que ele a viu de novo, nunca soube ao certo, tudo começou com um “oi” bem surpreso, é sempre um pequeno passo, (Desculpem, mas não sei como termina) talvez ele se foi, talvez eles se foram, talvez ainda estão lá (muita coisa pra conversar) nunca tive certeza se tudo era verdade, talvez era apenas coisa da minha cabeça.

Paulo Ribeiro

domingo, 31 de março de 2013

Talvez um dia


Eu que quase me acostumo com conversas vazias, solidão ao meio dia, ao ver as paisagens que passam muito rápido pela janela do ônibus lotado, espero que em algum lugar, algum dia, ou apenas alguma coisa me faça mudar de ideia em relação ao que se passa, ao que não fica.
Quem sabe algo que me faça seguir, assim, sem bagagem, somente a cara, a coragem e o peso da armadura que me cobre o peito para proteger algo que nem sei se ainda está inteiro. Ir para qualquer lugar, apenas não voltar atrás, nem olhar pra trás, quem sabe encontrar alguém que assim como eu segue sem saber para onde, e que queira me acompanhar.
Talvez eu nem precise mais do peso no peito, talvez, a armadura que tanto me atrapalhava a correr se solte, quem sabe assim a guerra acabe e a proteção se torne sem sentido, quem sabe quando você queira vir comigo, eu não esteja mais ferido, quem sabe um dia eu te encontro por ai.

Paulo Ribeiro

quarta-feira, 27 de março de 2013

Porque todo mundo conhece o fim

No final de tudo acho que todo mundo só tem medo de ficar sozinho, de acordar de manhã sem ter ninguém pra olhar ao abrir o olho, sem café da manhã em família, vivendo apenas com o silencio. No final todo mundo quer ouvir aquela voz dizendo coisas boas, dizendo que tudo pode dar certo, que tudo vai passar. 
Então você descobre que no fim tudo passa, o problema é que a vida passa (às vezes passa rápido demais) pra você conseguir ver isso, e o tempo não para, não passa mais rápido e não volta, por que ficar parado então? Se o mundo continua em movimento será que mesmo parado eu continuo andando?
No final todo mundo percebe que já foi feliz um dia, alguns ainda são, alguns nem sabem mais, mas você nunca sabe quando é o fim até que ele chegue, então ainda dá tempo, corre vai, vai ser feliz, esqueça esse relógio na parede dizendo que o tempo está acabando, esqueça essas correntes nos seus pés dizendo que você tem que ficar parado, só não se esqueça de lutar, de acreditar no que você sempre sonhou, porque isso que faz um final bonito, aquele final que mesmo sem você vê faz com que todos aplaudam de pé numa sala de cinema em frente a varias letras subindo em uma tela preta. Porque todo mundo procura alguém.

Paulo Ribeiro

domingo, 18 de dezembro de 2011

Feliz Aniversário

a estranha tristeza do "nada", e a nostalgia vivida pelo talvez o fazia pensar. Pode ser um sim, dizia ele quase sem acreditar no que seus lábios falavam, também a vida nunca lhe ajudou, porque isso aconteceria agora, já estava velho 18 anos, e nesse mundo onde algo fica velho após 1 ano de uso, com 18 já se sentia bastante usado, até mesmo para ser feliz, quase não acreditava mais nisso. Tinha muitos amigos, embora duvidasse da lealdade de alguns, o que é cada dia mais comum e aceitável, e mesmo se não fosse, quase nada na vida dele era.
Quase que desistia do mundo, embora sua esperança no mesmo o dominava. Toda vez que algo parecia cair do céu, fazia logo seu pedido: "paz mundial" não pro mundo todo, para o dele e nada mais. Egoismo? Nada, apenas tentou pensar em si e ser feliz. Parecia mesmo uma estrela cadente, ele acreditou tanto em sua existência, que sozinho fez com que seu pedido se tornasse verdade, e o desejo de paz mundial, passou a ser para o mundo todo, o dele agora se encontrava em paz. No fim a luz era um avião iluminando a noite, ele nunca precisou saber disso, seu desejo se realizara.


Paulo Ribeiro

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Minuto de silêncio

Então me tranco em meu quarto pego o violão e começo a tocar...
- é tristeza? (me grita alguém)
-Não, é vida, é força pra cantar, para ser, sentir, e quem sabe amar... Quase em silencio dizer o que eu sempre quis: ter
você aqui, e descobrir que a musica te traz até mim, mesmo que não perceba, então apenas sinta. e assim o doce soar de uma bela melodia parece fazer sentido agora, parece tocar o que antes não tinha som, o que antes para mim era sem graça.
- Porque disso?
- Aprendi a amar, resolvi começar por mim, e anotar a receita caso desse certo, e assim decorá-la para não mais esquecer, e se errar descubro de uma vez mas uma maneira de
recomeçar...
- Porque isso, e porque assim? É dor?
- Apenas crescimento, é musica, poesia, são palavras no ar, girando e mostrando que a felicidade está perto.
- Sim abaixo do seu pescoço, já tentou procurar por ai?
Olho pra baixo como se procurasse algo, me calo por um instante.
-Quem é você? (pergunto)
Olho assustado de um lado ao outro,
-não pode ser, será que... Sim estava conversando comigo mesmo
Algo em mim parece consentir, e um surto de vida surge em uma canção novamente

Paulo Ribeiro

domingo, 6 de novembro de 2011

As vezes...

Ás vezes é preciso de um tempo longe, um tempo sozinho, para pensar, um tempo em que você possa se sentir, que você possa reorganizar as suas idéias. Um tempo no qual todos nós precisamos pra repensar se o que estamos fazendo da vida é o certo.Se o caminho pelo qual estamos seguindo é o melhor caminho pra você.
As vezes tudo o que precisamos é de uma bifurcaçao, de um desvio repentino, que nos faça mudar de paisagem, nos faça olhar pra tudo como se fosse novo, sem aquela idéia ilusoria de que o mundo é somente aquilo a qual a gente se limita.
Talvez a gente precise de sair para tentar sentir saudades de casa... saudades da nossa vida chata, nossa estrada chata, e tudo que agora nos cansa, mas as vezes saudade não é suficiente, e a nova estrada pode nos parecer bem melhor... As vezes é necessário, ser, sentir e ouvir, as vezes é necessário seguir, talvez assim seja possivel entender o que antes nao se via, o que nao se conhecia, ver o invisível à olhos nús.

Michelle Nunes e Paulo Ribeiro

Gostaria de agradecer a Miih pelas idéias, e contribuições para que esse texto ficasse pronto. Quase tudo que está escrito ai é dela..
Agradeço também as mais de 2500 visualizações desse humilde blog, obrigado a todos. (Paulo Ribeiro)

domingo, 23 de outubro de 2011

Amor pra recomeçar...

Mas uma vez me sinto cansado de mais das coisas que vejo a minha volta, quero mudar, espero mudar, espero pela primeira vez ter o controle da minha vida, e de tudo que acontece nela, ser feliz a qualquer custo, deixou de ser um desejo, passou a ser prioridade pra mim, e nesse exato momento desejo me tornar forte o bastante para aguentar qualquer maldade alheia, negatividades lançadas, e saber que quando me derrubarem de novo, saberei levantar, não com aquela vontade de me vingar, mas de me esquivar e me renovar sendo cada vez mais forte, retribuindo tudo com um sorriso, e a vida assim quem sabe pode se tornar melhor, mais viva.
O que tenho já me dá forçar pra começar com o meu plano de ser o melhor, e ser melhor do que já fui, sendo mais feliz a cada dia, a cada minuto, o que aumento mais e mais é o amor próprio, cansei de amar mais do que me amo, então sou eu quem cria o mundo onde vivo, sou eu que tenho o dever de ser o que quero, cobrar de mim, para assim ver o melhor nos outros e assim quem sabe encontrar o que sempre quis e esperei.


Paulo Ribeiro

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Escolha seu caminho






Já teve a sensação de estar perdido? de não saber de pra onde deve ir? (ou pior) de onde veio, ou porque veio?
Sabe quando você está seguindo um caminho com a estúpida certeza de que sabe certinho onde é, e em um momento percebe que não conhece nada a sua volta, que aquelas pessoas não são as mesmas. Pode ser que você tenha um GPS em sua mochila, ou até mesmo uma pessoa que possa te ensinar como voltar, talvez uma bússola, mas brother contar com isso parece uma furada... O GPS pode descarregar, as pessoas podem não querer dar informação, ou realmente não saber, resumindo, tudo pode dar errado, e sim isso é uma analogia a vida.
As vezes nos perdemos em caminhos escuros que por ironia do destino somos atraídos, e procuramos alguma forma de tentar achar o caminho de volta, mas o tempo não volta, resta achar o caminho seguindo em frente, uma bifurcação que nos leve ao mesmo. Mas primeiro precisamos de uma lanterna, ou algo que nos ajude nessa jornada, precisamos de confiança e precisamos seguir, sem destino até porque seguimos sem saber ao certo aonde chegar, mas buscando sempre chegar onde queremos, até por isso o GPS pode não te ajudar, porque se você não sabe o destino final, tu pretendes ser guiado pra onde?
Viva da melhor forma possível, às vezes faça uma busca rápida no mapa, mas tente fazê-lo somente quando estiver em uma rua sem saída, ou melhor, pra que procurar saída no solo se você pode voar?






(Paulo Ribeiro)